Super Monkey Ball Banana Mania traz o passado de volta não como era, mas como a gente lembra que era
Super Monkey Ball Banana Mania lançou essa semana, um lançamento altamente antecipado para quem vos fala. Os últimos 3 anos da minha vida foram gastos mais vendo YouTube do que vivendo minha vida, provavelmente, e nesse processo, adquiri uma biblioteca grande de videomakers que eu adoro como yakkocmn, Relax Alax, Stop Skeletons From Fighting e o maior de todos, Scott The Woz.
Eu até apertei o sininho!
Eu acho muito interessante ver quão diferente é a experiência deles com videogames e a minha, principalmente nas gerações passadas, onde a diferença era maior. Na minha infância tinha que rodar bastante pra achar alguém que tinha um Nintendo 64. E Gamecube então? Eu nem sabia o que era direito, só ouvia falar, tipo Zeca Pagodinho. Super Monkey Ball era uma franquia de jogos mirada na minha faixa etária, mas por um infortúnio geográfico eu simplesmente não fiquei sabendo que existia. Acho muito doido isso.
“Você sabe o que é um Gamecube?”
Hoje eu consigo observar com mais clareza quais os jogos que eu gosto e ir atrás deles, então estava só esperando um remake ou remaster dos primeiros jogos da franquia pra virar um fã. Foi exatamente isso que o estúdio Ryu Ga Gotoku entregou, uma cápsula do tempo que não nos entrega o passado, mas sim o que a gente imagina quando pensa no passado. O visu tá show, os controles nunca estiveram tão precisos, é realmente a versão definitiva da experiência Super Monkey Ball.
O estúdio responsável por Super Monkey Ball é o mesmo de Yakuza e Judgement.
O level design que os fãs tanto gostam dos jogos clássicos tá todo aqui, repaginado e com diversos modos de gameplay. Dá a mesma sensação que eu tinha quando era criança e via um parquinho grande demais pra eu conquistar, muito modo, muito nível, eu sei que eu não vou terminar, mas tá tudo certo! Eu acho sensacional quando um nível pode ser feito muito rápido ou ficar pro último segundo, dependendo de como você escolhe jogar. Esse tipo de design serve como regulação de dificuldade e está 100% à escolha do jogador, que provavelmente vai tomar essas decisões bem rápido, sem pensar muito, sem se arrepender, se cair também, rapidinho o jogo já reseta, foi pensado pra isso. Há sensação melhor que terminar um nível e pensar “talvez eles não planejaram que eu fosse fazer isso”?
E o melhor de tudo é: eles com certeza planejaram sim!
No jogo, você controla o ângulo do chão em relação ao personagem, o macaco mesmo só desliza na direção que você mandar. Em jogos mais modernos da série Super Monkey Ball, como o Banana Blitz HD, você tem a opção de pular, mas como Banana Mania foi feito baseado nos 3 primeiros jogos, essa opção não está disponível a princípio. Você precisa de bastante banana pra comprar a opção na lojinha e não é a maneira ideal de jogar esses níveis, é mais algo pra dar longevidade ao level design, um motivo a mais pra retornar a níveis anteriores.
Eu recomendo gastar esses pontos pra comprar personagens. Por exemplo, eu comprei o Kazuma Kiryu da série Yakuza, o Sonic e o Tales. Quando você usa o Sonic, as bananas viram anéis, quando usa o Kiryu, elas viram uma garrafinha de Stamina X.
Mais detalhes, mais motivos pra jogar de novo, mais longevidade. É o tipo de jogo que quer ficar no seu PC basicamente pra sempre, porque você entra, joga um ou dois níveis, vai fazer outra coisa e isso pode durar pra sempre. Tem muito nível aqui, o equivalente de dois jogos em um. Fora isso, foram adicionadas múltiplas novas maneiras de vencer o mesmo nível, múltiplos personagens que mudam o jogo visualmente, várias coisas a serem desbloqueadas na loja, incentivando jogo de pontuação alta, como a função de pulo e filtros que mudam o visual do jogo.
Tem até filtro sépia!
Super Monkey Ball Banana Mania não vai mudar a indústria de jogos, provavelmente não vai entrar na minha lista de “melhores de 2021” também, é um jogo muito discreto pra isso. Eu posso estar com a mania da banana, mas reconheço que ela não vai ser o hit do verão. É um jogo despretensioso, divertido e praticamente infinito que vai morar instaladinho no meu SSD por bastante tempo.
Para mais textinhos como esse, me segue aí! Aqui é onde eu transformo em texto as ideias que não viram vídeos.
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